quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Modelo Lógico para planejamento e projetos em saúde


Refletindo sobre a temática proposta a pergunta que me vem a cabeça é a seguinte: Que “raio” de modelo lógico é esse? Nunca ouvi falar! Nada como uma boa pesquisa no Google para nos inteiramos sobre o que é este tal modelo lógico e como ele pode influenciar o cotidiano dos estudantes e profissionais da saúde.
Pois bem, a nomenclatura utilizada modifica tudo em nossa vida! Óbvio que sabemos o que é modelo lógico e lidamos com ele em nosso cotidiano, só não sabíamos que o nome era este. Pesquisadores do IPEA (Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada) o definem como “ recurso metodológico utilizado para explicitar a estrutura de programa orientado para resultados”. Ou seja, é o recurdo que iremos empregar para demonstrar a estrutura dos programas/projetos a serem demonstrados. Sendo assim, o modelo lógico de uma pesquisa poderia ser:

Realização da pesquisa revisão de literatura -> escrita do projeto -> definição da metodologia-> resultados esperados -> submissão ao comitê de ética ->Projeto Piloto-> Coleta de dados ->Análise -> Resultados-> Escrita do artigo científico -> Submissão na revista escolhida.

 Nesta estrutura lógica é importante que sejam detalhados alguns elementos, tais como:

1. Explicação do problema e referências básicas do Programa (objetivos, público-alvo e beneficiários).
2. Estruturação do Programa para alcance de Resultados (Resultado Final e Impactos).
3. Identificação de Fatores Relevantes de Contexto

No primeiro momento descreve-se o primeiro problema e sua consequente explicação. É interessante que, neste momento inicial, se realize uma chuva de ideias (brainstorm) na qual possam ser listados a maior quantidade possível de variáveis que estejam relacionadas à problemática. Se possível, e se a tarefa for de planejamento em saúde é relevante que os atores envolvidos nessa situação-problema de saúde possam participar visto que, assim, refletiria como a população visualiza o problema e de que forma ela pode se vislumbrar um norte para sua solução.

Posteriormente, entra em ação os planejadores/gestores em saúde ou mesmo os pesquisadores que com a posse do documento produzido no momento anterior, irá utilizar aqueles conhecimentos produzidos e aprendidos na academia para atuar como “facilitador” da questão/situação-problema. Note que aqui os profissionais precisam também fazer o intercâmbio do conhecimento popular com o científico. Se não o fizerem, a população corre o risco de não se identificar com a problemática e com o planejamento realizado.  Isso pode dificultar a adesão ao planejamento proposto e, consequentemente, influenciar negativamente no resultado esperado.

Por fim, faz-se necessário identificar os fatores relevantes sejam eles positivos ou negativos. Já que como mencionado acima eles podem facilitar e mesmo dificultar a ação proposta.
Querem se aprofundar recomendo o livro de Planejamento em saúde de Carmem Teixeira e  o artigo do IPEA: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/100924_notatec6disoc.pdf