sexta-feira, 22 de julho de 2016

Pesquisadores publicam carta aberta contra o PL nº5687 que libera cesáreas a partir de 37 semanas de gestação

Pesquisadores das instituições científicas abaixo relacionadas que atuam nos temas de redução da prematuridade e da melhoria do desenvolvimento infantil vêm a público se pronunciar contra oProjeto de Lei nº5687. Sob a alegação de defender a “autonomia da mulher e seu direito de escolha”, o PL libera cirurgias cesarianas a partir de 37 semanas de gestação, contrariando todas as evidências científicas que apontam prejuízos para a saúde da mãe e, principalmente, do bebê.
 
O PL nº5687 contraria recente Resolução 2.144/2016 do Conselho Federal de Medicina, divulgada em 22 de junho de 2016, que determina que um recém-nascido é considerado pronto para nascer no período que vai de 39 semanas a 41 semanas. A resolução segue normas do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) e tem o objetivo de reduzir o nascimento de crianças imaturas, denominadas de termo precoce, que nascem entre 37 e 38 semanas e seis dias gestacionais. 
 
As últimas semanas de vida da criança dentro do útero e o trabalho de parto são fundamentalmente dedicadas à preparação fina do bebê para sua convivência com o mundo exterior. Isso inclui adaptações à pressão atmosférica, mudanças de temperatura, ruídos, luz, bactérias e a necessidade de respirar e se alimentar. A interrupção abrupta desse processo de amadurecimento, na 37ª semana, gera perdas múltiplas. A literatura científica tem mostrado que esse grupo de recém-nascidos apresenta maiores riscos para a sua saúde a curto, médio e longo prazo.
 
A Pesquisa Nascer no Brasil, realizada em 2011-2012 com 24.000 mulheres sob a coordenação da Fundação Fiocruz, mostrou que 35% dos recém-nascidos brasileiros nasceram a termo precoce. Isso corresponde a mais de um milhão de bebês imaturos. Eles apresentaram um risco quatro vezes maior de morte ao nascer e duas vezes maior de internação em UTI neonatal em relação aos nascidos com 39 semanas de gestação. Quando esses nascimentos se deram por meio de uma cesariana, os riscos aumentaram para 10 e três vezes, respectivamente.
 
Os dados brasileiros são coerentes com a literatura científica, que aponta não somente riscos para a saúde dos recém-nascidos imediatamente após o nascimento como também nos primeiros meses de vida. Na Pesquisa Nascer no Brasil, a taxa de reinternação hospitalar foi de 9,5% para os bebês a termo precoce, 50% acima do ocorrido para os nascidos a partir de 39 semanas. Prejuízos para o aleitamento materno também foram verificados. Além disso, maiores gastos hospitalares sobrecarregam o sistema de saúde já carente de financiamento.
 
A literatura científica internacional também descreve danos a longo prazo, como maior risco de morte e hospitalização na infância (também verificado em estudo de coortes de Pelotas-RS) e maiores chances de desenvolver obesidade, hipertensão, diabetes, asma e alergia na vida adulta. As pesquisas identificaram também prejuízos ao aprendizado de línguas e de matemática e pior desempenho escolar.
 
Considerando-se apenas os bebês nascidos entre 37 e 38 semanas por cesariana, sem qualquer doença materna ou fetal, chega-se ao número de 300.000 recém-nascidos submetidos anualmente a todos esses riscos desnecessários no Brasil.
 
Diante dessas evidências científicas, nos posicionamos veementemente contra o Projeto de Lei nº 5687 por considerá-lo um retrocesso e um desserviço ao esforço que o país tem feito nos últimos anos para promover a saúde, principalmente no período de gestação e de nascimento, e reduzir doenças e mortes maternas e infantis.
 
É importante ressaltar que somos defensores da autonomia ampla da mulher, desde que ela seja exercida por meio da escolha informada, consciente e baseada em evidências científicas. Acreditamos que repassar exclusivamente para a gestante a decisão sobre o momento e tipo de parto significa isentar de responsabilidade o profissional que realiza o pré-natal e o parto. Essa decisão deve ser uma escolha consciente e compartilhada entre família e equipe de saúde.
 
Além disso, consideramos que é preciso investir na qualidade do atendimento à mulher no pré-natal, durante e depois do parto com um cuidado centrado em suas necessidades. Isso elimina o excesso de intervenções obstétricas desnecessárias que acabam por funcionar como propaganda para as cesarianas, que somente deveriam ser realizadas por justificada indicação clínica.
 
Como pesquisadores e profissionais de saúde, é nosso papel defender os direitos de todos os bebês brasileiros de completarem seu desenvolvimento intrauterino e terem assegurada uma assistência adequada no nascimento e uma vida futura saudável, com capacidade de atingir todo o seu potencial de crescimento, desenvolvimento e inserção social. A privação desses direitos é eticamente inadmissível. 
 
Fonte:http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/40058

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Resumo do livro O Homem Mais Rico da Babilônia

O livro é bastante interessante na medida em que traz alguns preceitos para o planejamento financeiro a longo prazo. Nesse sentido, basicamente, propõe que o leitor fique atento algumas crenças, tais quais:

- Valorizar o trabalho
- Guardar 10% do seu salário (poupança ou investimento)
- Separar 20% para pagar as dívidas (para aquelas que possuem, obviamente)
- Realizar orçamento e o controle dos gastos
- Multiplicar seus rendimentos
- Proteger seu dinheiro contra perdas
- Buscar sempre mais conhecimento, ou seja, não confiar demasiadamente em seus conhecimentos
- Buscar dialogar com quem sabe mais para ampliar os horizontes
- Ter seu próprio lar e fazer dele um investimento de conforto e bem-estar
- Assegurar uma renda para o futuro
- Não procrastinar
- Dar o primeiro passo
- Aproveitar as oportunidades. Segundo o autor, as oportunidades não esperam por um companheiro lento. Se o homem deseja ter sorte, deve apressar-se. O sujeito que não se ativa quando as oportunidades se apresentam, não passa de um procrastinados.
- A sorte pode ser atraída desde que fiquemos atentos as oportunidades.


Cinco Leis de ouro
1) O ouro vem de bom grado para quem separa 10% de seus ganhos, a fim de criar um fundo para o futuro.
2) O ouro trabalha diligentemente para o homem prudente
3) O ouro busca proteção do proprietário cauteloso que investe de acordo com os conselhos dos homens sábios.
4) O ouro foge do homem que investe em negócios que não está familiarizado
5) O ouro escapa ao homem que o força  a ganhos impossíveis ou dá ouvidos aos conselhos enganosos
 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O Homem mais Rico da Babilônia (livro) e o Plano de carreira e vencimentos na fisioterapipa

Durante a minha formação, minha atuação profissional seja como professora ou como profissional fisioterapeuta vi poucas pessoas falarem de um plano de carreiras e de salários. Basicamente, sabíamos de alguns poucos caminhos a trilhar como, por exemplo, tentar a residência multiprofissional depois da faculdade e vislumbrar um mestrado e doutorado. É só isso? Não, não é. Há diversos outros multifatores que devemos pensar e , inclusive, essa caminhada pode ser realizada através de diversos percursos. Concurso público é um deles, sobretudo na área da saúde onde muitos estão em subempregos.

Para além disto, é necessário saber qual a sua pretensão salarial e de remuneração nas diversas fases da sua vida. Isto porque, se o valor que você ganha na sua profissão pode dar conta ou não deste valor. Se não der, quer dizer que terá que abandonar sua profissão? Algumas possibilidades podem surgir a partir desta reflexão. Ou seja, pode se dar através de fontes de renda alternativas, por exemplo um hobbie lucrativo ou investimentos financeiros.

Falando em investimentos, vejo esta temática também pouquíssimo discutida nos ambientes de trabalho relacionados a saúde.  Nesse sentido, proponho a leitura do livro. E ai você vai me perguntar, mas que diabos esse livro tem que ver com fisioterapia? E eu te respondo perguntando: quantas vezes você debateu no ambiente acadêmico com colegas ou  professores a necessidade de um plano  de aposentadoria alternativo ao INSS? Pode até ter dito que no longo prazo o INSS não vai dar conta. Mas, realmente, estudou um plano alternativo de previdência? Será que estudou formas de multiplicação do seu dinheiro? Ou será que só faremos isso quando for uma urgência? Será que discutimos planos projetos de longo prazo como profissionais e estudantes? E pior como forma de se prevenir de eventos surpresas? Pois acredito que quanto mais cedo começarmos esse diálogo com nossos colegas, alunos e amigos melhor.

Esse livro tem tudo a ver com a perspectiva profissional do fisioterapeuta na medida em que propõe que você se organize em projetos de longo prazo e do de vista orçamentário, economize parte do seu dinheiro e faça com que ele (o dinheiro) trabalhe por você. Será que se pensarmos a nossa atuação profissional no longo prazo e com fontes de renda alternativas de investimentos não seria mais fácil ser fisioterapeuta? aguardo vocês nos comentários!



terça-feira, 12 de julho de 2016

Sistema para Detecção do Uso Abusivo e Dependência de Substâncias Psicoativas

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), abriu inscrições para 10 mil vagas da 10ª edição doSistema para Detecção do Uso Abusivo e Dependência de Substâncias Psicoativas:  Encaminhamento, Intervenção Breve, Reinserção Social e Acompanhamento

O curso SUPERA, totalmente gratuito, visa capacitar estes profissionais das áreas de saúde e assistência social discutindo diferentes modelos para a prevenção, intervenção e encaminhamento daqueles que apresentam problemas relacionados ao uso de álcool, crack e outras drogas.

A capacitação é desenvolvida na modalidade de Educação a Distância (EaD), com carga horária de 150 horas e tem duração de três meses com início previsto para 8 de Agosto de 2016. Os alunos que concluírem o curso receberão um certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Para se inscrever e acompanhar o curso é necessário possuir acesso à Internet e comprometer-se a participar do curso até sua conclusão, caso seja selecionado.

Inscrições gratuitas: http://www.supera.senad.gov.br/mv1/custom/sup10/inscricao.php

Para mais informações ou em caso de dúvidas acesse: http://www.supera.senad.gov.br

Equipe SUPERA

terça-feira, 17 de maio de 2016

Secretaria da Saúde do Estado inaugura 15 novos leitos na maternidade Tsylla Balbino

Nesta segunda-feira (16), a maternidade Tsylla Balbino, em Salvador, ganhou 15 novos leitos, sendo dez leitos da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) e cinco leitos de UCIN Canguru. A inauguração contou com a presença dos secretários estaduais Fábio Vilas-Boas (Saúde) e Olívia Santana (Políticas para as Mulheres).

Com o investimento de R$ 1,5 milhão entre obras e equipamentos, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), segue qualificando e ampliando a rede de assistência materno-infantil.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, apenas em 2015, somente na rede própria do estado, mais de 40 leitos foram abertos em maternidades. Já neste ano foram inaugurados 43 novos leitos no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), sendo 20 da UTI Neonatal e 23 de cuidados semi-intensivos pediátricos. "Nosso compromisso é descentralizar a assistência, ampliar o número de leitos e melhorar a qualidade do atendimento. Nesse sentido, só neste ano estão previstos mais de R$ 60 milhões na requalificação de 25 maternidades em todo o estado e o Hospital da Mulher com 137 leitos", afirma.

Com uma média de 900 atendimentos e 300 partos por mês, a maternidade Tsylla Balbino oferece serviço de pré-natal completo, composto de consultas com médico obstetra, enfermeiro, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta. Além disso, a unidade realiza atendimento em psicologia e odontologia preventiva para gestantes.

Na opinião da diretora da unidade, Rita Calfa, além dos benefícios práticos dessa ampliação para a população, há um caráter simbólico. "O mês de maio é especial, pois se comemora o dia das mães e dos profissionais de enfermagem e assistentes sociais, que tanto se dedicam e contribuem para a construção e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS)", diz.

Dados

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), até abril de 2016, em toda a Bahia existiam 318 leitos de UTI Neonatal, sendo 208 exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). No que se refere aos leitos de UTI pediátrica, a Bahia possui 132 leitos, sendo 104 públicos.

No que se refere à área materno-infantil, é preciso ressaltar que o Governo do Estado vem assumindo a assistência integral ao parto no município de Salvador, ainda que lhe caiba apenas os casos de alto risco. A maioria dos municípios do interior, mesmo aqueles com menos de 20 mil habitantes possui alguma maternidade. Salvador ainda não possui uma única maternidade própria, o que tem sobrecarregado as maternidades estaduais, prioritariamente destinadas a casos de alto risco. Não fossem as maternidades públicas mantidas pelo Estado, a exemplo da Tsylla Balbino, Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Albert Sabin, José Maria de Magalhães, João Batista Caribé e Roberto Santos, os soteropolitanos que nascem todos os anos e precisam do Sistema Único de Saúde (SUS) viriam à luz em outros municípios.

Fonte: http://www.saude.ba.gov.br/novoportal/index.php?option=com_content&view=article&id=10581&catid=13&Itemid=25